Larissa Bombardi: Agrotóxicos criam colonialismo que chega às células

A agricultura deixou de ser um sinônimo de produção de alimentos há algumas décadas, desde que corporações globais passaram a dominar o setor, diz a professora da USP Larissa Bombardi. Para a pesquisadora, a massificação do uso de agrotóxicos cria um novo tipo de violência, agora por meio de moléculas que alcançam as células de humanos e outros animais e provocam danos à saúde e ao meio ambiente. Em "Agrotóxicos e Colonialismo Químico", Bombardi discute o duplo padrão de países europeus, que permitem a exportação de agrotóxicos banidos em seus territórios, o que, para ela, molda uma geografia do abismo, permitindo que empresas químicas da Europa faturem bilhões com a venda de seus produtos para países periféricos. Neste episódio, a geógrafa afirma que as mulheres estão entre as mais afetadas pelo uso de agrotóxicos e, ao mesmo tempo, são protagonistas em movimentos de denúncia desse modelo de produção e em experiências de agroecologia. Bombardi também falou sobre a liberação de agrotóxicos durante o governo Bolsonaro (PL) e das intimidações que a fizeram deixar o Brasil. Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli See omnystudio.com/listener for privacy information.

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A equipe de jornalistas da Ilustríssima, da Folha, entrevista autores de livros de não ficção ou de pesquisas acadêmicas.