Jorge Palma (I): “A liberdade é um valor máximo para mim"

O nosso convidado de hoje é um dos maiores músicos portugueses. Letrista exímio, compositor multifacetado, um homem que aos 73 anos de idade continua a ver-se como um amador de música, que gosta simultaneamente de se divertir e – muito importante – de pensar. Jorge Manuel de Abreu Palma nasceu a 4 de junho de 1950. Começou a estudar piano aos 6 anos, ao mesmo tempo que aprendia a ler e a escrever. Dos clássicos Bach, Mozart ou Beethoven, passa para outros ambientes musicais e horizontes quando, já a estudar no Liceu Camões, frequenta uma taberna em frente à escola onde havia uma jukebox, e onde escutou, por exemplo, Beatles ou Rolling Stones. Percebeu que o queria era Rock & Roll e, nas suas palavras, mandou o piano e a música clássica às urtigas. Haveria de regressar. Viveu em Copenhaga, em casa de amigos, aquando da revolução de Abril, em Paris, a tocar nas ruas, por exemplo com uma guitarra emprestada por Marine Myriam, ao mesmo tempo que estudava as letras de Brell ou Léo Ferré. Tocou também nas ruas de Lisboa, numa esquina da Rua das Portas de Santo Antão, o que lhe valeu algumas visitas à esquadra de polícia mais próxima. Viveu numa pensão chamada Ninho das Águias, porque gostou do nome quando o leu nas Páginas Amarelas. São muitos anos de carreira, de um percurso musical e artístico longo, que atravessa gerações e corações.

Om Podcasten

Perseguindo a ideia de Lawrence Ferlinghetti - "a poesia é a distância mais curta entre duas pessoas" - esperamos, através das escolhas poéticas dos nossos convidados, ficar mais perto deles e conhecê-los melhor. Usamos o verso de Luiza Neto Jorge “O Poema Ensina a Cair” para dar título a este podcast sobre os poemas da vida dos nossos convidados. Um projecto da autoria de Raquel Marinho. "Melhor podcast de Arte e Cultura" pelo Podes 2021 - Festival de Podcasts.