DA RIXA AO RANÇO
ficar de bode, enjoar, pegar antipatia, ou birra, peguei ar. tem certas pessoas que despertam aversão de cara, ou um tipo de raiva, desprezo e até repulsa. às vezes você sabe muito bem por quais razões isso acontece, mas em alguns casos você não faz a menor ideia. e no meio dessa ciranda de afetos, uma certeza parece inabalável e irreversível: você pegou ranço. a palavra "ranço" vem do latim “rancidus”, que significa "gordura ou manteiga estragada" — ou seja, é aquela coisa que passou do ponto, oxidou, e começou a exalar um cheiro forte e desagradável. ranço definitivamente não é indiferença, e persiste com o tempo.enquanto a rixa até parece que tem explicação, o bode pode vir de uma pessoa que basicamente não te fez nada, ou que você nem conhece direito — ela só é quem ela é. o jeito irrita, a presença incomoda, dá até preguiça de conviver ou chegar perto pra conhecer.é basicamente uma sensação de querer eliminar pessoas do nosso círculo social ou mesmo do nosso campo de visão. será que a gente anda tendo menos tolerância para lidar com os outros? e o que podemos fazer com essas rixas e ranços que nos atravessam?para expandir a nossa escuta sobre esse tema, convidamos a escritora, podcaster e fundadora da plataforma Obvious, Marcela Ceribelli.para mais VIBES, acesse os perfis da float: InstagramTikTokassine nossa newsletter no Substack.faça parte do nosso grupo no Telegram.e se vc quiser ajudar a manter esse podcast no ar, eliminar os breaks comerciais e ainda receber conteúdos exclusivos, pode nos apoiar através do apoia.se.pesquisa, roteiro e apresentação: André Alves e Lucas Liedkeprodução: Fernanda Ogasawaraedição e montagem: Jessica Correaarte: Gustavo Jácomerefs.Introdução à obra de Melanie Klein — Hannah SegalBom dia, obvious — Intimidade Sintética (com André Alves)Why you're lonely — Robert Putnam (entrevista New York Times)